Por
mais que eu tente ou queira
Não
escrevo além da realidade
Não
encontrei em mim traço de criatividade
Tudo
que digo são meros pensamentos
Vistos,
vividos, sentidos, revividos.
Saem
como frutos do estado de espírito
Que
insiste tirar da angústia e tristeza, suas melhores safras.
Como
vê
Posso
roubar uma história
Posso
viver uma história
Posso
sentir um sentimento, ou posso arrancá-lo de alguém.
Revivo
o filme em outra perspectiva
E
os desfechos paralelos que torturam a realidade
Entorpecem
o corpo num efeito morfina
Como
vê
Quero
fazer história
Quero
criar história, e depois contar.
Tenho
o jogo de palavras certo que retrata sua dor
E
sua dor me dói
Mas
eu, engenheiro das palavras
Não
inventei a máquina que traz o descanso.
Digo
que poesia é extensão do corpo
São
mãos que tocam a alma
Que um dia Deus, dê a elas o poder da cura
Sigo preso no meu
desejo pedido
Como alimento que mata
a fome
Que minhas palavras um
dia se torne
Uma
nascente infinita nascendo amor