sábado, 19 de maio de 2012

Lamento


Por mais que eu tente ou queira
Não escrevo além da realidade
Não encontrei em mim traço de criatividade
Tudo que digo são meros pensamentos
Vistos, vividos, sentidos, revividos.
Saem como frutos do estado de espírito
Que insiste tirar da angústia e tristeza, suas melhores safras.
 
Como vê
Posso roubar uma história
Posso viver uma história
Posso sentir um sentimento, ou posso arrancá-lo de alguém.
Revivo o filme em outra perspectiva
E os desfechos paralelos que torturam a realidade
Entorpecem o corpo num efeito morfina

Como vê
Quero fazer história
Quero criar história, e depois contar.
Tenho o jogo de palavras certo que retrata sua dor
E sua dor me dói
Mas eu, engenheiro das palavras
Não inventei a máquina que traz o descanso.

Digo que poesia é extensão do corpo
São mãos que tocam a alma
Que um dia Deus, dê a elas o poder da cura
Sigo preso no meu desejo pedido
Como alimento que mata a fome
Que minhas palavras um dia se torne
Uma nascente infinita nascendo amor

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